Como evitar o endividamento: dicas práticas
- Duilio Alves de Moraes
- 22 de out. de 2023
- 6 min de leitura
Atualizado: 28 de out. de 2023
Quais as principais consequências do endividamento descontrolado?

O endividamento é um problema que afeta milhões de brasileiros e pode comprometer a qualidade de vida, a saúde mental e as relações pessoais. Mas como evitar cair na armadilha das dívidas? Neste artigo, vamos apresentar algumas dicas práticas sobre as principais razões para os endividamentos e como contorná-las. Confira!
Se você chegou a este post, inicio dando meus parabéns. Você está buscando mudar a sua situação.
Desemprego ou diminuição da renda
Se você perdeu o seu emprego ou teve uma redução na sua renda, é importante que você faça um planejamento financeiro para ajustar os seus gastos à sua nova realidade. Algumas medidas que podem te ajudar são:
faça um levantamento de todas as suas dívidas e priorize as que têm juros mais altos ou que podem afetar o seu patrimônio, como financiamentos imobiliários ou de veículos;
negocie com os seus credores prazos e condições mais favoráveis para o pagamento das suas dívidas. Muitas empresas oferecem descontos ou parcelamentos para os clientes inadimplentes;
corte os gastos supérfluos e reduza os custos fixos, como água, luz, telefone e internet. Você pode trocar planos mais caros por mais baratos, usar menos aparelhos elétricos ou buscar alternativas mais econômicas;
busque fontes alternativas de renda, como trabalhos temporários, freelancers ou vendas de produtos ou serviços. Você pode usar as suas habilidades, conhecimentos ou hobbies para gerar uma renda extra;
faça um controle rigoroso das suas receitas e despesas, anotando tudo o que entra e sai do seu bolso. Você pode usar aplicativos, planilhas ou cadernos para fazer esse registro;
estabeleça metas e limites para os seus gastos, de acordo com as suas prioridades e necessidades. Você pode usar a regra do 50-15-35, que consiste em destinar 50% da sua renda para os gastos essenciais, 15% para os objetivos financeiros e 35% para o estilo de vida;
eduque financeiramente a sua família, envolvendo todos os membros na gestão do dinheiro e na definição dos objetivos e sonhos. Assim, você cria uma cultura de economia e consumo consciente no seu lar. É comum que pessoas tentem proteger seus familiares ocultando os problemas financeiros. Isto é uma péssima ideia. Compartilhar a questão e pensar na solução juntos é mais saudável sob todas as óticas.
Acesso a crédito fácil
Se você tem acesso a empréstimos ou parcelamentos com juros altos, é preciso ter muito cuidado para não se endividar além da sua capacidade de pagamento. O crédito fácil pode parecer uma solução rápida para os seus problemas, mas pode se tornar uma bola de neve que compromete a sua saúde financeira. Algumas recomendações são:
use o crédito apenas em situações de emergência ou para realizar projetos que tenham um retorno financeiro ou pessoal, como investir em um negócio ou fazer um curso. Essa avaliação deve ser criteriosa;
compare as taxas de juros e as condições de pagamento de diferentes fontes de crédito, como bancos, financeiras ou fintechs. Escolha a opção mais barata e adequada ao seu perfil;
faça uma simulação do valor das parcelas e do custo total do crédito, considerando os juros, as tarifas e os impostos. Verifique se o valor cabe no seu orçamento e se não vai comprometer outras despesas importantes. Noções de matemática financeira são importantes para entender conceitos como juros simples e compostos, pagamentos antecipados e postecipados, tabela price e sac, entre outros;
evite contrair novas dívidas antes de quitar as antigas, pois isso pode gerar um efeito cascata que dificulta o seu controle financeiro. Se possível, antecipe ou renegocie as suas dívidas para reduzir os juros e o prazo;
Imprevistos
Se você enfrenta situações inesperadas que afetam o seu orçamento, como problemas de saúde, morte na família ou manutenção da casa ou do carro, você precisa estar preparado para lidar com elas sem se endividar. A melhor forma de fazer isso é:
construir uma reserva de emergência, que é um dinheiro guardado para cobrir os gastos imprevistos que podem surgir. O ideal é que essa reserva seja equivalente a pelo menos seis meses das suas despesas mensais;
contratar um seguro, que é uma proteção financeira para casos de acidentes, doenças, furtos ou danos materiais. O seguro pode te ajudar a evitar gastos maiores ou a perder o seu patrimônio em situações adversas;
fazer uma prevenção, que é uma forma de evitar ou minimizar os riscos de imprevistos. Você pode fazer isso cuidando da sua saúde, fazendo revisões periódicas do seu carro ou da sua casa, ou evitando situações perigosas .
Influência do marketing e da publicidade
Se você é influenciado pelo marketing e pela publicidade que estimulam o consumo e o status social, você pode acabar comprando produtos ou serviços que não precisa ou não pode pagar. Para resistir a essa tentação, você pode seguir estas dicas:
evite fazer compras por impulso ou por emoção, pois elas podem comprometer o seu orçamento e gerar dívidas desnecessárias. Antes de comprar algo, pergunte-se se você realmente precisa, se pode pagar à vista e se tem espaço para guardar;
defina os seus valores e objetivos pessoais, que são as coisas que realmente importam para você e que te fazem feliz. Assim, você evita se deixar levar pelo que os outros pensam ou querem que você faça;
faça uma lista de compras antes de sair de casa ou de acessar um site de compras online. Isso te ajuda a focar no que você realmente precisa e a evitar compras por impulso;
se necessitar comprar algo, principalmente de maior valor, pesquise os preços utilizando sites de comparação de preço ou ferramentas de pesquisa como o Google ou o Bing;
desconecte-se das redes sociais ou dos meios de comunicação que te bombardeiam com ofertas e promoções irresistíveis. Isso te ajuda a reduzir a exposição aos estímulos externos que podem te induzir ao consumo excessivo.
Compras para terceiros
Se você empresta o seu nome ou o seu cartão de crédito para outras pessoas comprarem, você corre o risco de não receber o pagamento ou de ter que arcar com os juros e multas em caso de atraso. Para evitar esse problema, você pode adotar estas medidas:
Diga não quando alguém te pedir para comprar algo em seu nome ou no seu cartão. Você pode explicar que isso pode prejudicar o seu orçamento e o seu planejamento financeiro. Lembre-se! Se você disser sim impulsivamente e o amigo ou familiar não honrar o pagamento você terá um desgaste na relação com o prejuízo financeiro. Se você disser não o prejuízo financeiro estará eliminado, cabendo apenas administrar a relação;
se você já emprestou o seu nome ou o seu cartão para alguém, cobre o pagamento o quanto antes. Você pode fazer um contrato por escrito com a pessoa, estabelecendo os valores, os prazos e as penalidades em caso de inadimplência. Faça isto de maneira empática e respeitosa, mas seja firme. Lembre que amigos, amigos, mas negócios à parte;
se a pessoa não te pagar ou atrasar o pagamento, procure renegociar a dívida com ela ou com o credor. Você pode tentar obter um desconto, um parcelamento ou até mesmo transferir a dívida para o nome da pessoa que te deve. Isso pode evitar que você tenha o seu nome negativado ou que você pague mais juros do que deveria;
se nada disso funcionar, você pode recorrer à justiça para cobrar o seu direito. Você pode procurar um advogado ou um órgão de defesa do consumidor para orientá-lo sobre os procedimentos legais. Você também pode fazer um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima, relatando o caso e apresentando os documentos que comprovem a dívida.
Desconhecimento sobre educação financeira
Se você não sabe como lidar com o seu dinheiro, é provável que você tenha dificuldades para organizar as suas finanças e evitar as dívidas. Por isso, é fundamental que você busque aprender mais sobre educação financeira, que é a capacidade de tomar decisões inteligentes sobre o seu dinheiro. Algumas formas de fazer isso são:
leia livros, artigos, blogs ou revistas sobre finanças pessoais, que ensinam conceitos básicos como orçamento, poupança, investimento e crédito;
assista a vídeos, podcasts ou cursos online sobre educação financeira, que trazem dicas práticas e exemplos reais de como melhorar a sua relação com o dinheiro;
participe de grupos, comunidades ou redes sociais sobre educação financeira, onde você pode trocar experiências, tirar dúvidas e receber orientações de especialistas ou de outras pessoas que enfrentam os mesmos problemas que você.
CONCLUSÃO
Neste artigo, vimos que o endividamento pode ter várias causas e pode trazer sérias consequências para a sua vida financeira e pessoal. Para cada razão, apresentamos algumas dicas práticas de como contornar a situação e manter as suas finanças em ordem. Esperamos que essas informações sejam úteis para você e que você consiga alcançar os seus objetivos e sonhos sem comprometer o seu orçamento. Lembre-se: o dinheiro é um meio, não um fim. Use-o com sabedoria e responsabilidade.
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Sucesso à você e um forte abraço.
Dū Moraes
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