Otimista, Realista, Pessimista: escolha o caminho, não o acaso.

Tomar decisões sem construir cenários é como dirigir no nevoeiro: você até avança, mas sem saber o que está por vir.

No FP&A, trabalhar com cenários é um dos caminhos mais eficientes para transformar incerteza em estratégia. E a lógica é simples: antes de decidir, você precisa enxergar o que pode acontecer, não apenas o que você espera que aconteça.

E tudo começa na construção dos três cenários clássicos:

O Cenário Otimista

Aqui você considera o melhor que pode ocorrer: aumento de vendas, redução de custos, ganho de eficiência, crédito acessível e variação favorável do mercado. Não é uma fantasia: é um cenário baseado em métricas reais combinadas com fatores positivos plausíveis. Ele existe para mostrar até onde a empresa pode crescer.

O Cenário Realista

É o seu “piso/solo”, construído com base no histórico da empresa, sazonalidade, comportamento do mercado e rotinas internas. Geralmente é aqui que se faz o planejamento financeiro oficial. É a visão mais provável, o que tende a acontecer.

O Cenário Pessimista

Esse é o mais negligenciado, mas talvez o mais importante. Inclui perda de receita, aumento de custos, atraso de recebíveis, mudanças tributárias e queda de demanda. Ele existe para proteger a empresa, não para gerar medo.

Por que isso é tão poderoso?

Porque quando você constrói cenários, a empresa ganha tempo. Tempo para reagir, ajustar, corrigir, ou "pivotar", no jargão do mercado. Você não é mais surpreendido, mas antecipa decisões. Na prática, cenários ajudam a definir:

- necessidade de caixa

- contratações e cortes

- investimentos

- estoques

- precificação

- impacto tributário

- margem mínima segura

E com ferramentas como Power BI, Python ou até Excel bem estruturado, é possível automatizar quase tudo isso, permitindo simulações rápidas, seguras e visuais.

No fim das contas, construir cenários não é sobre previsão. É sobre estar preparado. E isto serve para qualquer tamanho de empresa ou setor.

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