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A Nova Era da Análise de Dados: Inteligência, Ética e Precisão para Decisões que Transformam

Uma composição visual minimalista mostrando um analista observado de costas, diante de um grande painel digital flutuante. No painel, camadas de dados em formatos diferentes — gráficos, textos, códigos, ícones de sensores, redes neurais — convergem para um ponto central iluminado, simbolizando integração, inteligência aumentada e tomada de decisão. O ambiente é moderno, com tons escuros e detalhes em azul e dourado, transmitindo tecnologia, profundidade e precisão.
Imagem gerada por Gemini

Aqui vai uma visão de alto nível e bastante aplicada sobre conceitos inovadores em análise de dados que já estão ganhando tração e que, para alguém com experiência em FP&A e análise, podem abrir caminhos interessantes. Vou estruturar em três blocos: (1) “visões/processos”, (2) “ferramentas / linguagens”, e (3) “leituras/livros”. Em cada bloco, indico o que já está emergindo e as implicações práticas para empresas. Vamos lá!


1. Visões e processos emergentes

• “Augmented Analytics”

Esse conceito refere‐se ao uso de aprendizado de máquina (machine learning), processamento de linguagem natural (NLP), automação de fluxo de trabalho de BI/analytics para “amplificar” (e não substituir) o analista de dados. Fonte: Wikipédia: https://en.wikipedia.org/wiki/Augmented_Analytics?utm_source=chatgpt.com


Imagine que parte da geração de cenários ou forecast se torne semi-automatizada, sugerindo variações atípicas, sinalizando indicadores fora da curva, propondo hipóteses de causa. Isso permite que o analista dedique mais tempo à interpretação, ao “porquê” e ao “o que fazer”, em vez de só ao “como calcular”.


• “Data at the Edge” / Processamento mais próximo da fonte

O conceito de processamento “na borda” (edge computing) aplicado à análise de dados está crescendo. Dados que são gerados em dispositivos ou sensores e processados localmente para retorno quase em tempo real. Fonte: https://www.theknowledgeacademy.com/blog/data-science-trends/?utm_source=chatgpt.com


Se a empresa tiver operações distribuídas, dispositivos conectados à Internet (IoT), sensores ou dados transacionais vindos de múltiplas fontes, pensar em arquitetura que mova análise mais perto da origem (menos latência, mais imediatismo) pode se transformar em vantagem competitiva.


• Novas formas de dados e novos domínios de análise

Estudos recentes destacam que estamos enfrentando o fenômeno batizado de “New and Emerging Forms of Data", ou Novas e Emergentes Forma de Dados, em tradução livre: por exemplo multimídia, vídeo, som, sensores não convencionais, que exigem técnicas e processos diferentes. Fonte: https://link.springer.com/article/10.1007/s11042-022-13451-5?utm_source=chatgpt.com


Isso significa que não só “dados tradicionais” (ERP, planilhas, DRE, etc) são relevantes. Se você antever ou fomentar a entrada de dados mais “não estruturados” (ex: voz, vídeo, logs, sensores, redes sociais) no planejamento financeiro ou na previsão, isso pode diferenciar.


• Ética, explicabilidade e governança de IA/analytics

Não é somente “fazer melhor análise”, mas “fazer análise de um modo que seja transparente, ético, governável”. A disciplina de Responsible AI Governance e explicabilidade (XAI), (Governança de IA Responsável, em português) está crescendo. Fonte: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0963868724000672?utm_source=chatgpt.com


Ao estruturar times de análise ou processos de FP&A, incorporar esse modelo de pensamento (governança de dados, transparência de modelo, controle de viés, auditoria de algoritmos) pode ser um diferencial, ainda mais em empresas maiores ou reguladas.


2. Ferramentas, linguagens e tecnologias que se destacam

• Linguagens emergentes: Julia, Rust, Mojo

Julia aparece como uma linguagem voltada para computação numérica de alto desempenho, competitiva para data science.

Rust ganha visibilidade no contexto de segurança, sistemas de analytics performáticos.



Mojo: pesquisa recente mostra “MojoFrame: Dataframe Library in Mojo Language” que sugere que essa linguagem está sendo projetada para tarefas de dataframe / analytics com performance elevada. Fonte: https://arxiv.org/abs/2505.04080?utm_source=chatgpt.com


Mesmo que você não vá “trocar” de linguagem agora, estar atento a essas linguagens pode significar que, em 2–3 anos, soluções corporativas que exigem grande performance ou integração de dados irão usá-las. Em projeto de arquitetura ou planejamento tecnológico, considerar “stack futuro” faz sentido.


• Frameworks/formatos de dados: Apache Arrow

Apache Arrow define um formato em memória “columnar” interoperável entre linguagens, para acelerar analytics e reduzir o overhead de serialização. Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Apache_Arrow?utm_source=chatgpt.com


Ao avaliar plataformas de análise ou pipelines de dados, considerar se a solução permite compatibilidade Arrow ou se pode reduzir latência/overhead de movimentação de dados.


• Ferramentas de análise + automação:

O levantamento “Top 10 data analytics tools for 2025” destaca que o ecossistema de ferramentas está se expandindo, com foco em integração de diversas fontes, automação, visualização moderna. Fonte: https://www.datacamp.com/blog/the-9-best-data-analytics-tools-for-data-analysts-in-2023?utm_source=chatgpt.com


Isso abre caminho para ferramentas que não são somente “BI tradicional” mas “analytics ampliado” (pré-processamento automático, integração com dados externos, machine learning embutido). Pensar no parque de ferramentas da empresa com essa visão pode gerar ganhos de eficiência.


3. Leituras / Livros que ajudam a internalizar essas visões

Aqui estão livros e leituras recomendadas, para sustentar esse repertório de inovação:


  • AI Snake Oil: What Artificial Intelligence Can Do, What It Can't, and How to Tell the Difference (2024) de Arvind Narayanan & Sayash Kapoor. Ajuda a ter visão crítica sobre hype de IA/analytics. Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/AI_Snake_Oil?utm_source=chatgpt.com

  • Para mais “arquitetura/futuro”: Recent Trends and Future Direction for Data Analytics (IGI Global). Um livro-mapa de tendências no analytics. Fonte: IGI Global


Com foco em análise e planejamento financeiro e desejo de acompanhar novas tecnologias, sugiro o seguinte caminho de atuação:


Mapear internamente na sua empresa (ou nas empresas onde atua como consultoria)

Por exemplo dados não estruturados, IoT, sensores, logs, etc.

Revisar a arquitetura de dados/analytics: pergunte se existe sobrecarga de extração/movimento de dados, latência, processos manuais repetitivos. Pode haver ganho com ferramentas emergentes.

Capacitação do time: Mesmo que não se torne expert em Julia ou Mojo agora, talvez definir “painéis de leitura/estudo” de tecnologias emergentes (linguagens, formatos, automação) para que o time acompanhe evoluções.

Governança e ética de analytics: liderar ou participar de iniciativas de governança de dados e analytics (transparência, explicabilidade, controle de viés) pode ser um diferencial competitivo.

Aplicação prática no FP&A: Pense em como essas visões podem se traduzir em ganhos concretos para planejamento, orçamento e forecast. Ex: automação de cenários, análise em tempo real, “early warnings” baseados em novos dados, análise de custo + impacto com mais agilidade.


Em um cenário em que novas linguagens, arquiteturas e abordagens analíticas surgem a cada ano, o diferencial não está apenas em dominar ferramentas, mas em compreender os princípios que orientam essa evolução: ética, governança, automação inteligente e capacidade de interpretar dados em contextos cada vez mais complexos. À medida que o mercado avança para modelos mais integrados e preditivos, cabe a nós, profissionais que lidam diariamente com decisões estratégicas, incorporar essas tendências de forma crítica, responsável e orientada a resultados. O futuro da análise de dados já está em movimento; acompanhar essa transformação é o caminho para construir valor real e sustentável dentro das organizações.


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